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Bumblebee: spin-off de Transformers traz diferencial para a franquia

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Sob a direção de Travis Knight e roteiro de Christina Hodson, Bumblebee proporciona maior engajamento afetivo e segue como uma proposta diferente dos demais títulos da franquia. Além de exibir um humor afável e as esperadas cenas de ação impactantes, aprofunda o aspecto dramático.

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Relação de afeto entre Charlie e Bumblebee  – Imagem/Paramount Pictures

Na trama, ambientada em 1987, Cybertron é atacada e tomada pelos decepticons. Como missão, Bumblebee é enviado para a Terra com o objetivo de criar uma base confiável para os autobots. Porém, ao completar a viagem, o robô sofre um ataque. Danificado, ele contará com a ajuda de Charlie, personagem de Haileen Steinfeld, com quem desenvolverá um elo forte.

Protagonismo, drama e anos 80

Com o perfil adequado para viver Charlie, a atriz aproveita bem a oportunidade. Na pele da personagem, ela precisa lidar com a sensação de inadequação e a triste perda da figura paterna. Uma protagonista distante da ideia de objeto de desejo, papel conferido com frequência às mulheres jovens em Transformers.

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Hailee Steinfeld caracterizada  – Imagem/Paramount Pictures
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Bumblebee em ação – Imagem Paramount Pictures

Sob a direção de Travis Knight, o filme mantém como marca as cenas grandiosas de embate físico. Todavia, boa parte das sequências não parecem sofrer tantos cortes em um ritmo frenético, algo peculiar aos títulos dirigidos por Michael Bay.

Mais do que ser ambientado na década de 1980 e exibir uma trilha dinâmica com hits como Take on Me, do A-ha, a narrativa em si e a própria condução de Knight flertam com a cinematografia da época. É possível até mesmo fazer associação com longas como E.T. – O Extraterrestre, de Steven Spielberg, por exemplo. Na obra de 1982, alienígena e menino criam um sólido laço de amizade.

Neste sentido, também se dá uma forte conexão entre Bumblebee e Charlie, só que em uma espécie de simbiose, na qual ela atua como a mãe zelosa dele, e, por outro lado, o autobot preenche a lacuna deixada pelo pai dela. Diferente da proposta geral de Transformers, esta nova aventura tem maior apelo emocional e pode até levar o expectador às lágrimas em momentos pontuais.

‘As pessoas podem ser más com aquilo que elas não conhecem’.

Charlie em conversa com Bumblebee.

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Os atores Jorge Lendeborg Jr. e Hailee Steinfeld em cena – Imagem/Paramount Pictures

Mesmo com a aparente inspiração nas tramas ‘oitentistas’, o roteiro de Christina Rodson é condizente com um discurso atual. Com a presença do ator Jorge Lendeborg Jr. como Memo, há espaço, inclusive, para um floreio simpático pelas descobertas e transgressões típicas da juventude.

Apesar de diferente, a produção mantém coerência narrativa com a cronologia da franquia e se atenta em explicar a origem do nome dado ao autobot mais afetuoso do cinema. No mais, Bumblebee cumpre o proposto e cativa meninas, meninos e adultos em geral, sem preconceitos. Recomendo!

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