Sob a direção de Scott Derickson, Doutor Estranho exibe um roteiro repleto de diálogos cativantes e condizentes com a proposta mais reflexiva da trajetória do herói, mas sem abrir mão da ação física ou mesmo das pitadas de comédia exigidas em filmes do gênero. Neste sentido, a questão do tempo como foco da narrativa também está presente na ótima performance do elenco.
No longa, Dr. Stephen Strange é um neurocirurgião de talento muito acima da média, prestigiado e dono de um ego inflado, ele sofre um acidente e toda a certeza de antes agora dará lugar a um novo caminho. Na busca pela cura, ele seguirá em uma viagem de autoconhecimento e irá se deparar com um universo muito além da percepção humana.
Desde a primeira cena, a ação física peculiar às histórias de super-herói está presente, aliás, balancear isso com a retórica existencialista da trama é um trabalho bastante difícil, porém, bem executado pelo diretor. Ele consegue o equilíbrio entre as características mais reflexivas da narrativa e as sequências de combate, além disso, também concede espaço a uma espécie de humor recorrente em tais blockbusters.
Destaque para os diálogos travados entre as personagens de Tilda Swinton e Benedict Cumberbatch, além de serem instigantes, estas cenas destacam o belo trabalho de condução do elenco em um visível cuidado com o timing, aliás, os responsáveis pela seleção dos artistas merecem crédito. Da mesma forma, a opção por Chiwetel Ejiofor e Rachel McAdams é acertada e eles seguem convincentes.
“Pensamentos moldam a realidade” e “silencie o ego”, frases como estas representam a temática desta aventura das HQs adaptada ao cinema. Nesta linha, a discussão sobre vida e morte revela uma relação com o tempo a ser concebida sob uma outra consciência pelo mago. Em meio a tantos aprendizados, a experiência sobre a dimensão espelhada e o desdobramento astral são importantes no combate ao vilão e, por conseguinte, evidenciam o empenho da equipe de computação gráfica.
Em suma, a riqueza dos efeitos visuais, o uso de elementos de comicidade como a capa mágica do protagonista ou até mesmo as referências à cultura pop, revelam um contraponto ao teor existencialista da franquia, cheia de potencial para se tornar um Harry Potter dos adultos. Doutor Estranho não traz grandes inovações, mas atende ao alto padrão de qualidade da Marvel. Vale a pena conferir, recomendo.
Destaque para os diálogos travados entre as personagens de Tilda Swinton e Benedict Cumberbatch, além de serem instigantes, estas cenas destacam o belo trabalho de condução do elenco em um visível cuidado com o timing, aliás, os responsáveis pela seleção dos artistas merecem crédito. Da mesma forma, a opção por Chiwetel Ejiofor e Rachel McAdams é acertada e eles seguem convincentes.
“Pensamentos moldam a realidade” e “silencie o ego”, frases como estas representam a temática desta aventura das HQs adaptada ao cinema. Nesta linha, a discussão sobre vida e morte revela uma relação com o tempo a ser concebida sob uma outra consciência pelo mago. Em meio a tantos aprendizados, a experiência sobre a dimensão espelhada e o desdobramento astral são importantes no combate ao vilão e, por conseguinte, evidenciam o empenho da equipe de computação gráfica.
Em suma, a riqueza dos efeitos visuais, o uso de elementos de comicidade como a capa mágica do protagonista ou até mesmo as referências à cultura pop, revelam um contraponto ao teor existencialista da franquia, cheia de potencial para se tornar um Harry Potter dos adultos. Doutor Estranho não traz grandes inovações, mas atende ao alto padrão de qualidade da Marvel. Vale a pena conferir, recomendo.