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(Review) Tensão e sustos, sequência consolida Invocação do Mal como franquia de peso

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Movimentos de câmera criativos e planos caprichados em uma experiência estética bem-sucedida, nesta sequência, James Wan conduz o olhar do expectador em um novo capítulo marcado por tensão e horror, consolidando assim a identidade de Invocação do Mal. Além disso, aprofunda a relação entre os personagens de Patrick Wilson e Vera Farmiga, ela segue impagável no papel.
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Imagem/Warner Bros. Pictures
 
Baseado em fatos reais, o longa exibe a história de uma família atormentada por fenômenos sobrenaturais em Infield, na Inglaterra de 1977. Desta vez, Ed e Lorraine terão motivos para desconfiar da veracidade deste caso, todavia, o pavor intenso por conta dos terríveis presságios da paranormal, inclusive, uma das visões não reveladas no primeiro título será trazida à tona agora.

Os primeiros minutos de exibição deixam clara a experimentação visual conseguida na fluidez dos pequenos planos-sequência e dos cortes, por vezes, imperceptíveis, isso em equilíbrio com os ângulos e movimentos de câmera dinâmicos e criativos. Destaque para o uso desses recursos nos momentos de desdobramento da médium para o ‘outro mundo’, especialmente, na cena ambientada em Amityville que segue como provável um gancho para outra produção.
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Imagem/Warner Bros. Pictures

Assim como no primeiro título de 2013, o prólogo flerta com a linguagem de documentário e reafirma assim a ideia de uma narrativa embasada em fatos verídicos, isso associado aos recursos de som empregados com o intuito de provocar pavor, tais aspectos dão o tom da franquia. Aliás, James Wan também está a frente do nome Sobrenatural, cujo filme recente foi conduzido por Leigh Whannell.

Outro acerto é a manutenção do elenco, os rostos conhecidos trazem maior credibilidade, especialmente, neste roteiro que aprofunda a relação afetiva do casal de investigadores. Todavia, o protagonismo fica mesmo por conta de Vera Farmiga, ela parece tornar tudo crível, o próprio olhar da atriz já é um indicador sensível dos acontecimentos.

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Imagem/Warner Bros. Pictures

Todavia, o excesso de efeitos especiais investido em algumas entidades ou situações pontuais soa desnecessário diante de toda a indumentária e terror provocado pela trama em si ou mesmo pela criatura nefasta que tanto amedronta Lorraine. De qualquer forma, o horror tem um repertório próprio muito conhecido, mas em meio a isso, Wan conseguiu compor com sucesso uma identidade para a franquia.

Apesar da produção anterior exibir um roteiro simples, porém mais ‘redondo’, este novo filme demonstra maior maturidade nos argumentos empregados e no desenvolvimento da relação afetiva dos personagens centrais, além de um crescimento cinematográfico marcado pelas ousadias visuais. Destaque para a criatura demoníaca e toda a ideia de incerteza, desconfiança e medo que rondam a existência humana.

Com uma atmosfera sombria permeada por cenas de pura tensão, reviravoltas, trabalhos interessantes com sombras e espelhos, além de uma peculiar irreverência, Invocação do Mal 2 consegue provar que as continuações podem render gratas surpresas. Recomendo!  

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