Estrelado por Dwayne Johnson, Terremoto: A Falha de San Andreas traz ação do começo ao fim e exibe um trabalho competente de som e efeitos visuais em grandiosas sequências de catástrofe. Todavia, o filme não inova e investe em narrativa previsível com personagens rasos; além da reiteração típica do herói imbatível, bem nos moldes do ideário norte-americano.
Baseado em teorias plausíveis, o longa retrata uma cadeia de abalos sísmicos que resultariam na destruição da Califórnia. A Falha de San Andreas que dá título ao filme é uma gigantesca rachadura que delimita o encontro entre a placa tectônica norte-americana e a do pacífico, o que deixa a região suscetível a recorrentes terremotos.
Diante da situação, o pesquisador interpretado por Paul Giamatti fica encarregado pela explicação científica do evento, noticiado pela imprensa representada na figura da repórter de Archie Panjab. Mas a trama central se desenvolve mesmo em torno do piloto do batalhão de bombeiros de Los Angeles, personagem de Dwayne Johnson.
Logo de início a ação inunda a tela, com uma ótima cena de salvamento protagonizada por ‘The Rock’, aliás, este é forte do atleta que conquistou a simpatia mundo afora. Porém, o mesmo êxito não é conseguido nos instantes de maior empenho dramático que humanizam o soldado, algo visível no trato com a memória afetiva e nos diálogos travados com a atriz Carla Gugino.
Na pele da ‘ex’-esposa do herói, ela encontra o tom necessário e cresce também nos momentos de ‘aparente’ desempenho físico, como aquele no qual desaba junto com o prédio, andar por andar. Destaque também para a monumental e trágica sequência da represa, montagem convincente com ótimos efeitos especiais e um trabalho de som que permite uma sensação diferenciada.
Porém, a narrativa é uma exibição de personagens típicos, como o menino engraçado responsável pela quebra da tensão; a bela jovem e seu ‘pretendente’, ambos de forte apelo junto ao público adolescente. Além do antagonista de Ioan Gruffudd, pouquíssimo aproveitado, funcionando apenas de contraponto a retidão de caráter do protagonista.
Aliás, Dwayne está a encarnação do ideal norte-americano de patriotismo, um oficial com a tradicional fala “apenas faço o meu trabalho”, sem contar a cena diante da bandeira do país. Independente disso, a ação é garantida em voos de avião, helicóptero e até mesmo na corrida de lancha em meio ao surgimento de um Tsunami.
Terremoto: A Falha de San Andreas propõe entretenimento e cumpre o oferecido, o recomendável é que seja visto no Imax 3D ou nas salas 4D, e assim sejam aproveitados os melhores aspectos da experiência.