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(EuCinéfilo) Feito o herói da ficção, eis o desafio

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Super-Homem, Mulher-Maravilha e toda esta leva de figuras tanto da DC quanto da Marvel nos leva a exaltação de um personagem essencial à narrativa, o herói. Mesmo no caso dos protagonistas livres de superpoderes, a ação pode se converter em um desafio sobre-humano. Já imaginou algo como Indepedence Day? Não sei quanto a vocês, mas eu ‘dançaria’ logo de cara; eis a dura realidade.

Imagem/Warner Bros. Pictures

Nesta mesma linha, Guerra dos Mundos (2005) segue com um desfecho mais plausível e com um herói que tem como função principal salvar seus filhos. Aliás, Tom Cruise protagonizou uma dezena de filmes do gênero, e mesmo longe do universo da ficção científica também vestiu a camisa do heroísmo como o agente Ethan Hunt da franquia Missão: Impossível.

Prédio de 130 andares em Dubai – Imagem/Paramount Pictures

Mas enquanto ele corre o risco de morte em situações surreais como escalar um gigantesco prédio em Dubai, você tenta lidar com desafios mais cotidianos como um passeio de montanha russa, na qual você traça um diálogo com a própria consciência. “Eu vou acabar caindo disso aqui. Imagina! Isso é seguro. Por favor, não me lembre da lei de Murphy agora.”

Aquém deste momento ridículo, as situações de perigo em longas do gênero assumem proporções grandiosas e até esfuziantes. Diferente do horror provocado pelas guerras mundo afora e sua apropriação cinematográfica, os típicos ‘action film’ exibem um ritmo cada vez mais frenético cheio de efeitos visuais mirabolantes.

No estilo apocalipse total, tramas como O Dia Depois de Amanhã (2004) e 2012 (2012) representam a força descomunal do planeta sobre a humanidade. Diante de todas as catástrofes noticiadas nos últimos anos, confesso que ao observar a baía de Guanabara (RJ) imagino uma cena desoladora e nem falo da poluição absurda. Oh tristeza!

Desastre exibido no filme 2012 – Imagem: Sony Pictures

Todavia, reparem como o herói sofre, em títulos com um viés horrorífico como Extermínio (2002) ou The Walking Dead o acento melodramático fica bastante evidente. No seriado, por exemplo, o pobre Rick, volta e meia, termina em lágrimas. Afinal de contas, não é fácil ver todos ao seu redor serem comidos por zumbis e ainda ser responsável pela liderança dos sobreviventes.

Moral da história, nem sempre é possível (ou bom) ser o protagonista, às vezes, é preciso se contentar em ser coadjuvante ou até mesmo figurante. Mas ainda assim, a espécie humana detém um notável instinto de sobrevivência e quando isso é aliado a compaixão, somos capazes de feitos memoráveis, e os super-humanos podem surgir de onde menos se espera.

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