Dirigido por John R. Leonetti, Annabelle mantém coerência com a história introduzida em Invocação do Mal (2013) e promove alguns sustos e momentos de tensão ao narrar a origem da boneca diabólica. Entretanto, não exibe a mesma consistência e verosimilhança do filme que popularizou o mito nos cinemas.
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Divulgação/Warner Bros. Pictures |
Na trama, Mia (Annabelle Wallis, sim, esse é o nome da atriz) e Ward (John Gordon) formam um casal jovem e feliz prestes a ter um filho. No entanto, a paz é quebrada quando a casa deles é invadida por assassinos praticantes de rituais macabros.
Apesar da associação automática a Brinquedo Assassino (1989) por ter um boneco maligno como centro das atenções, Annabelle não é a incorporação de um espírito humano mas um objeto que serve de portal para um ser demoníaco, retratado de forma bastante categórica em um design que talvez não tenha sido a escolha mais acertada e crível para tratar do assunto.
Uma opção que também não dialoga com a sua nítida inspiração no clássico O Bebê de Rosemary (1968), visível em sequências que destacam o berço da criança e retratam o pavor de uma mãe perturbada. Aspecto enriquecedor, mas não o suficiente para dar ‘liga’ a trama.
A personagem de Alfre Woodard surge como uma figura dúbia e despista a obviedade, mas ainda assim os personagens são superficiais, em um roteiro desenvolvido para provocar sustos orquestrado por um profissional irretocável na fotografia, mas que perdeu um tanto o ponto a frente da direção.
Apesar da associação automática a Brinquedo Assassino (1989) por ter um boneco maligno como centro das atenções, Annabelle não é a incorporação de um espírito humano mas um objeto que serve de portal para um ser demoníaco, retratado de forma bastante categórica em um design que talvez não tenha sido a escolha mais acertada e crível para tratar do assunto.
Uma opção que também não dialoga com a sua nítida inspiração no clássico O Bebê de Rosemary (1968), visível em sequências que destacam o berço da criança e retratam o pavor de uma mãe perturbada. Aspecto enriquecedor, mas não o suficiente para dar ‘liga’ a trama.
A personagem de Alfre Woodard surge como uma figura dúbia e despista a obviedade, mas ainda assim os personagens são superficiais, em um roteiro desenvolvido para provocar sustos orquestrado por um profissional irretocável na fotografia, mas que perdeu um tanto o ponto a frente da direção.
Evelyn (Alfre Woodard) é dona de uma livraria e ajudará Mia a entender a
terrível situação em que se encontra – Divulgação/Warner Bros. Pictures
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Mas Annabelle tem seus méritos: entretém, provoca no expectador tensão em determinados momentos e apesar do decorrer e final um tanto previsíveis (especialmente para os fãs do gênero), o roteiro não resvala em grandes furos. Compre o seu balde de pipoca e confira Annabelle, mas sem muitas expectativas.