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‘Alien: Romulus’ marca retorno às raízes da franquia, porém, com maior violência gráfica

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Sob a direção de Fede Alvarez, ‘Alien: Romulus’ exibe uma atmosfera de tensão eficiente, provoca sustos e acrescenta elementos típicos do terror gore ao filme.

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Imagem/Divulgação

A trama se dá 20 anos após os acontecimentos do primeiro título da franquia e narra a jornada de um grupo de jovens ávidos por escapar do controle abusivo da corporação Weyland-Yutani.

Em busca de uma vida melhor, eles investem em uma estratégia arriscada. Porém, o plano não seguirá como o esperado.

Tributo à obra ‘Alien, o Oitavo Passageiro’

Logo de início é perceptível a homenagem ao filme precursor, lançado em 1979. Isso se dá pela forma como apresenta o próprio título nos créditos iniciais ou mesmo pela câmera que mergulha sobre as instalações da nave espacial.

Vale ressaltar que além da direção, Fede Alvarez também é responsável pelo roteiro em parceria com Rodo Sayagues. Portanto, o cineasta detém maior controle sob a obra, contudo, a responsabilidade é gigantesca.

Dito isso, é notório um maior cuidado e também a predileção pelo retorno às raízes, especialmente, após o desempenho questionável de ‘Alien: Covenant’ (2017).

Contudo, o primeiro ato de ‘Romulus’ soa um tanto abrupto em meio a variadas reflexões críticas, tais como: a valorização do capital em detrimento da vida humana, a falta de ética no trato com a inteligência artificial e os rumos precários da sociedade como um todo.

Porém, é compreensível essa necessidade de embasar a trama em pouco tempo e a dificuldade de fazê-lo dentro da lógica de um filme comercial. Até porque é preciso seguir com o foco, ou seja, o embate contra o alienígena parasitoide.

Perspectiva diferenciada

A ação de forte apelo físico e o suspense preponderam, o diretor coordena com eficiência uma atmosfera de tensão e sustos em ambientes bastante delimitados.

Outro aspecto positivo é o olhar arrojado presente nos movimentos e ângulos diferenciados de câmera. Característica cativante capaz de facilitar o processo de imersão.

Aliás, por falar em perspectiva, no primeiro título da franquia, o horror era demarcado pelos olhares aterrorizados das vítimas. Por vezes, a atrocidade do extraterrestre ficava implícita.

Já em ‘Romulus’, algumas cenas são explícitas, pontuadas por uma violência gráfica, típica do cinema gore, subgênero do terror.

Dito isso, a equipe responsável pelo design das criaturas merece destaque. Especialmente, quando também desenvolve algo diferente daquilo já esperado pelo público.

Em suma, cumpre com o proposto. Aliás, vale a pena ver ou rever ‘Alien, o Oitavo Passageiro’ antes de conferir essa nova produção. Desse modo, a experiência pode ser ainda mais rica.

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