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‘A Noite do Jogo’ cumpre o proposto e proporciona boas gargalhadas

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Protagonizado por Jason Bateman e Rachel McAdams, ‘A Noite do Jogo’ exibe uma trama simpática, repleta de humor e ação. Apesar de algumas críticas irreverentes renderem piadas menos eficientes no contexto brasileiro, a comédia consegue arrancar risadas e mantém o ritmo frenético e interesse na história ao adotar o tom de mistério marcado por reviravoltas.

Alguns momentos são hilários, como a alusão ao longa Pulp Fiction (1994) – Imagem/Warner Bros. Pictures

Na trama, o casal Max e Annie tem em comum o amor pelos jogos, porém, isto toma um rumo perigoso quando eles aceitam participar de uma competição diferente, proposta por Brooks, vivido pelo ator Kyle Chandler. A rivalidade entre os irmãos funciona como uma das roldanas da narrativa que ainda conta com a participação do grupo de amigos dos protagonistas.

De início, o longa já deixa claro o ritmo intenso e o objetivo de provocar a liberação de endorfina. Apesar do tom frenético das cenas de maior exigência física ou mesmo da montagem bastante objetiva, a direção de John Francis Daley e Jonathan Goldstein sabe ponderar, inclusive, dando tempo para respiros e para a construção de uma comicidade diferenciada em determinadas sequências.

Rivalidade entre irmãos – Imagem/Warner Bros. Pictures

Neste sentido, o destaque vai para o personagem de Jesse Plemons, na pele do policial Gary o ator protagoniza momentos divertidos dando vida ao vizinho de postura peculiar que, por vezes, causa estranheza. Nos encontros dele com o elenco, as pausas e o tempo da comédia estão presentes de forma eficiente, inclusive, naquilo não dito, mas subentendido.

Aliás, Tanto Bateman quanto McAdams cumprem bem o papel e convencem, já que poderiam agir de forma automática como alguns astros do humor costumam fazer. Mas pelo contrário, além de terem química, eles sabem dosar o aspecto dramático dos conflitos internos das personagens com a proposta leve do longa, isso também é um mérito da direção.

Não precisa ser dito, está na cara, a irreverência marca presença  –  Imagem/Warner Bros. Pictures
Ainda assim o saldo é positivo

Se algumas críticas irreverentes funcionam bem como piada, outras poucas podem padecer de sentido para o público em geral, pois as personalidades citadas não detêm tanta reverberação no contexto brasileiro. Todavia, celebridades mais populares são mencionadas e devem render maior engajamento, como o nome de Denzel Whashington, este relacionado a toda uma situação cômica.

Já as cenas de ação trazem dinamismo e capturam a atenção, mas em determinados momentos geram dúvidas quanto a própria veracidade, como, por exemplo, o objeto arremessado a uma distância grande que cai exatamente nas mãos da personagem. Mas isso é algo pontual e pode ser considerado como um dos elementos comuns ao repertório do gênero, um tipo de ‘licença poética’.

A quantidade de reviravoltas do roteiro também podem parecer excessivas, mas trazem entusiamo à obra e espantam a sensação de déjà vu, proporcionando uma sucessão de surpresas. ‘A Noite do Jogo’ cativa o interesse por conta da história apresentada, proporciona boas gargalhadas e de quebra ainda promove momentos de pura adrenalina. Recomendo!

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