Com cenários colossais e cenas impressionantes, a trama investe no estilo futurístico, e propõe reflexão sobre a origem da vida, com direito a seres aterrorizantes, ancestrais dos predadores da franquia Alien.
Sob a direção de Ridley Scott, Prometheus narra a trajetória dos pesquisadores Charlie Holloway (Logan Marshal-Green) e Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) que são requisitados por milionário para uma viagem espacial em busca de explicações sobre o surgimento da espécie humana.
Baseada na teoria de que a vida humana teria surgido do DNA extraterrestre, a narrativa exibe uma história bem estruturada e convincente. O elenco está afiado, e conta com a participação de Charlize Theron como a autoritária Meredith, e Noomi Rapace como a destemida Elizabeth.
Atriz interpreta Meredith, responsável pela nave e por alguns mistérios
Imagem/20th Century Fox
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Para aqueles que questionaram a ausência de Sigourney Weaver (como eu), podem ficar despreocupados Noomi Rapace convence e protagoniza uma das sequências mais aterrorizantes, com direito a sangue, gritos e comentários atônitos do público.
A partir daí as comparações com a franquia Alien são inevitáveis, destaque para o androide David, interpretado de forma competente por Michael Fassbender, ele pode ser comparado aos humanoides de Blade Runner (1982) ou ao robô Bishop de Aliens (1986).
Mesmo que esse não seja o foco, o longa investe no terror provocado por seres perigosos que invadem os corpos e produzem substâncias corrosivas, aliás, características semelhantes iguais a de um monstro bastante conhecido do gênero. Mas essa é a ideia, o que é explicitado no prólogo do filme.
Seja pelo visual expressivo ou esmero da direção e elenco, o filme já mereceria destaque. Ridley Scott retorna em grande estilo ao gênero que o consagrou. Prelúdio, releitura ou uma nova proposta que também explica a origem dos monstros que aterrorizaram gerações, Prometheus atenta para algo mais relevante ao questionar a natureza humana e suas necessidades.